microargumentos: A janela discreta

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A janela discreta

e ninguém mais entrou - Luís Carinhas

Sofreu como espectadora de lutas, doenças, mortes e rancores. Então se cobriu de mofo e sujeira, vedando a passagem da luz. As plantas comungaram fechando-a com galhos secos, espinhentos e agressivos. Assim sepultariam, lá dentro, a história escrita pelos corpos que se consumiram em ódio.

escrito em 05-02-2011

6 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...: Nossa, conto forte.; 12 de fevereiro de 2011 às 13:41
Angela disse...: achou dudu?
deve haver tanta família assim.; 13 de fevereiro de 2011 às 01:45
Juliêta Barbosa disse...: A casa, nossa pátria de intimidades, é também o sepulcro caiado onde muitas famílias põem em prática o livre exercício de fabricar mentes atormentadas.

Conto forte, porém realista!; 13 de fevereiro de 2011 às 13:29
Renan O. Pacheco disse...: A se as janelas falassem tudo que visse lá fora e ,principalmente, lá dentro...

bjinh; 13 de fevereiro de 2011 às 18:00
Angela disse...: Obrigada Juliêta,
assim é. Famílias, uma benção e um desvario. Adoro seu nome.; 13 de fevereiro de 2011 às 20:37
Angela disse...: Renan,
É... as coisas falam. Se ouvíssemos pudéssemos entender.
Obrigada pela vinda.; 13 de fevereiro de 2011 às 20:38