o som do silêncio
Em alguns momentos estranho meu nome. Antropônimo, nome próprio? Próprio de
quem? Por que haveria de me identificar com uma palavra que me impuseram e com a
qual as pessoas me chamam ao longo da vida.
Não sou isso, não me sinto este
nome, esta palavra que me soa estranha, invasora e manipuladora de minha
identidade. Me pergunto, então, como gostaria de ser chamado e a resposta que
me chega, do mais fundo em mim é palavra alguma, nome nenhum, apenas
silêncio.
em 14-02-2015