
Fistro_04a
Foi um felino quieto, dócil e acomodado. Entretanto quando se arriscava nas alturas ou se equilibrava nas bordas finas das janelas, narinas dilatadas sorvendo ar, era possível perceber sua outra natureza, leve e instável. Parecia querer saltar no espaço. Morto, suas cinzas foram adubar duas grandes árvores gêmeas. Assim como ele, amigas do dia e da noite. Passado algum tempo, um belo gorjeio denunciou, na parte mais alta das copas, o pássaro negro que arriscava seu primeiro vôo.
escrito em 11-10-2009
9 comentários:
Conto lindo, cheio de saudade e também esperança - o renascer do pequeno pássaro negro.
Beijinho
O comentário é meu.
Falta de atenção
Lindo!
MA
Fui ver seu blog e a baronesa de teive não quis se revelar! Que pena.
Adoro um texto de Pessoa atribuído ao barão de teive! Acho até que já o publiquei em ideália.
Tenho sim, muitas saudades do nosso Feijãozinho. Amanhã deposito suas cinzas nas raízes de duas árvores gêmeas,ficus religiosa, ou figueira sagrada, deve conhecer. um beijo amiga.
dudv
Obrigada. Não me comenta mais sobre o que te mando?
há algo de louis wain neste escrito. muito bom!
Douglas D.
Muito prazer te ver por aqui. Não conheço louis wain, creio... Vou procurar saber sobre ele.
Um abraço e obrigada.
Olá! Como é bom ter a possibilidade do vôo, mesmo que os primeiros sejam assim no bater e debater não só de asas.
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