
Escolheu a camiseta, calçou tênis, pegou o boné e saiu à rua. Quando quis voltar, não encontrou o caminho de casa. Procurou, em vão durante anos, o lugar onde morava. Jamais conseguia encontrar a rua que o levaria de volta. Já idoso, caminhando devagar, percebeu um trajeto familiar e, aos poucos, a divisou. Lá estava o telhado alto, a janela do quarto, o portãozinho de madeira,... E o garoto que saía bastante apressado vestindo camiseta, tênis e boné.
escrito em 21-06-2009
4 comentários:
Mais uma (bela) narrativa onde o tempo parece mover-se em círculo ou em espiral, uma noção tão familiar a tradições míticas e simbólicas
Sabe o me lembrou um labirinto da memória.
José Lopes
obrigada pela visita, pensei que estivesse em férias!
Dudv
É, pode ser... quando escrevo não costumo intelectualizar ou explicar, às vezes depois a coisa se explica, por si mesma.
Postar um comentário