terça-feira, 27 de março de 2012

A Nona



Aos trinta, começou a beber muito. Como jogava futebol na praia, não sentia os efeitos do álcool. Uma tarde de verão, a caminho de casa, entrou no bar e a percebeu. Bela, sóbria, vestida de negro, também bebia. Do balcão, passou a espreitá-la todos os dias. Aos poucos, nem mais ia à praia, seu destino era o bar. Tempo frio ou quente, estavam ambos a beber e a se vigiar com crescente interesse.
Uma tarde,  não conseguia se levantar da mesa quando ela se aproximou e o levou consigo, para sempre.

escrito 25-03-2012

2 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Pois é... muito bom conto.

Angela disse...

Obrigada Dudv.
Pena que, na vida, seja tão difícil se livrar do vício que nos entrega á ela...