
Por acaso descobriu, na parede do consultório, um ponto por onde objetos desapareciam. Enfiou a mão no espaço demarcado, experimentando o trajeto oposto e resgatou algumas preciosidades perdidas.
Psicanalista, passou a induzir seus pacientes a trazer memórias, fatos e imagens do passado, libertando-se dos laços ao transformá-los. O processo terapêutico foi bem sucedido até o dia em que um paciente compulsivo, aprofundou-se demasiado e trouxe em suas mãos um feto. No ato, o jovem desvaneceu-se, deixando-se nas mãos do médico, neonato pronto a recomeçar.
escrito em 31-10-2011
2 comentários:
Nossa!! Conto surpreendente.
tão bom se um dia pudéssemos buscar coisas assim, concretas, não acha?
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