
Ao entrar na sala do extinto manicômio seu corpo cobriu-se de calafrios e estertores. O amigo, para que não caísse, sentou-o na cadeira que ali estava. Desmaiou e ao voltar a si, o pavor continuava. Lembrou-se que era sobre aquela cadeira, que o amarravam para a sessão de eletrochoque. Só não entendia a lembrança, que não podia ser. Exausto e impressionado foi para casa. Pesadelos nunca mais o deixaram dormir. Depois de algum tempo foi internado para um moderno tratamento de eletroterapia.
escrito em 28-04-2009
5 comentários:
Sinistro.
desconheço se o medo tem peso
embora saiba sê-lo feito de um silêncio que não parte
e tapa nossa boca para que
dela não saiam
memórias
(o comentário anterior, apaguei-o)
dudv Sinto-me íntima e experiente com estes lugares e situações, desde muito jovem.
Douglas D. Sempre tão marcante a tua expressão.
Sempre tão marcada pelo tempo e por ausências. Assim me parece.
Este comentário seria para o post mais antigo?
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