
Ela, mulher sensível e dotada de talento especial para a arte, sentia-se perdida e, até o encontrar, não conseguira realizar nenhum de seus projetos.
O jovem aprendiz, avidamente, tornava real e belo tudo o que ela imaginava. Obcecado, tornou-se escravo daquela mulher que passou a usurpar toda obra que ele produzia, conseguindo para si, fama e poder.
Prisioneiro, até o fim da vida submeteu-se ao prazer cruel com que ela o rejeitava e humilhava.
O jovem aprendiz, avidamente, tornava real e belo tudo o que ela imaginava. Obcecado, tornou-se escravo daquela mulher que passou a usurpar toda obra que ele produzia, conseguindo para si, fama e poder.
Prisioneiro, até o fim da vida submeteu-se ao prazer cruel com que ela o rejeitava e humilhava.
O estranho, entretanto, é que ele parecia aceitar como coisa justa, aquele jugo. Chamavam-se Camila e Augusto.
escrito em 2-08-2009 03h01'
4 comentários:
Obsessão e submissão... Belo conto que mostra como uma realção pode ser problemática. A história de Camille me emociona muito, ela morreu no hospício e presa na sua paranóia. Também, ter um mãe como aquela, nem precisa ter madrasta.
Excelente!
Caro Eduardo
Culpar mãe é facil. Camille não foi louca e nem paranóica. Ela foi vitima, principalmente de seu rígido e interesseiro irmão que sabotou toda comunicação e oportunidade de Camille sair daquela prisão. Rodin usava seus amigos e colaboradores para esculpir por ele e assinava as obras de outros. Camille não aceitou isto, ela era um gênio, mas era mulher em um tempo onde as fêmeas eram instrumento usado, abusado e descartado. Sua "paranóia" foi não aceitar este jugo que, no meu conto, inverto, como "castigo" a Rodin na pele de um auxiliar, apenas.
muito bom, Angela!
Tantas e tantas vezes penso nesta história disfuncional...
Rodin, um monstrinho, auxiliar é pouco ;-)
1 beijinho
cara JúliaML
Que bom saber que tenho companheiras de revolta! A história de Camille me toca de forma muito especial. Como o mundo já foi injusto com as mulheres e... ainda é!
Um beijo e obrigada!
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