quarta-feira, 23 de abril de 2008

Silêncios e lágrimas

Waiting - Autor- Naat

Àquela hora tardia, o lugar estava calmo e vazio. A chuva tinha feito o necessário para que os silêncios pudessem ocupar o lugar e conversar às lágrimas partilhadas. Sobre as mesas, despidas do bulício da freguesia costumeira, foram servidos, pouco a pouco, todos os sentimentos vividos e presenciados ao longo de muito tempo. O final da tarde e a noite foram muito especiais, inesquecíveis poder-se ia dizer e, ao raiar do dia, até o sol sentiu-se inibido e não apareceu.

Escrito em 20-04-2008 02h22'

8 comentários:

Anônimo disse...

Conto fascinante!!1
A natureza e o silêncio tendo a função de limpa-almas, de purificadores e renovadores de tudo o que de bom e menos bom ali foi vivido.


Beijos, MA

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Sempalavras... lindo!

Angela disse...

MA
Obrigada! Você tem uma percepção muito pertinente sobre o que escrevo! um beijo amigo.

Dudv
Sabe, também achei e não sou prosa pois sempre me parece que "alguma coisa" escreve por mim!

Huckleberry Friend disse...

Que catarse... até o sol faz a fineza de nos deixar entregues ao nada, ou quase!

Unknown disse...

Olhando a imagem deu-me um friozinho. Mas é bela.

Fiquei a imaginar as gotas de chuva a conversar sobre a mesa...tudo muito suave.

Beijos Angela

Angela disse...

Huckleberry Friend
Você acha que uma catarse é nada? ou quase? Perceno como um respeito do Sol oas aspectos introvertidos e sensíveis da vida!

sammia
frio? Parece até carioca que, à menor chuva já se encasaca! Salta
uma taça de vinho para a moça friorenta! bj.

Dona Betã disse...

É como conhecer a intimidade e a cumplicidade do silêncio.
Muito belo.

Angela disse...

J.G.
Caro amigo, acreditonaverdade da lenda de Babel! O silêncio é uma benção, ainda mais em um mundo tão barulhento!
Obrigada pela visita.um bj.