Àquela hora tardia, o lugar estava calmo e vazio. A chuva tinha feito o necessário para que os silêncios pudessem ocupar o lugar e conversar às lágrimas partilhadas. Sobre as mesas, despidas do bulício da freguesia costumeira, foram servidos, pouco a pouco, todos os sentimentos vividos e presenciados ao longo de muito tempo. O final da tarde e a noite foram muito especiais, inesquecíveis poder-se ia dizer e, ao raiar do dia, até o sol sentiu-se inibido e não apareceu.
Escrito em 20-04-2008 02h22'
8 comentários:
Conto fascinante!!1
A natureza e o silêncio tendo a função de limpa-almas, de purificadores e renovadores de tudo o que de bom e menos bom ali foi vivido.
Beijos, MA
Sempalavras... lindo!
MA
Obrigada! Você tem uma percepção muito pertinente sobre o que escrevo! um beijo amigo.
Dudv
Sabe, também achei e não sou prosa pois sempre me parece que "alguma coisa" escreve por mim!
Que catarse... até o sol faz a fineza de nos deixar entregues ao nada, ou quase!
Olhando a imagem deu-me um friozinho. Mas é bela.
Fiquei a imaginar as gotas de chuva a conversar sobre a mesa...tudo muito suave.
Beijos Angela
Huckleberry Friend
Você acha que uma catarse é nada? ou quase? Perceno como um respeito do Sol oas aspectos introvertidos e sensíveis da vida!
sammia
frio? Parece até carioca que, à menor chuva já se encasaca! Salta
uma taça de vinho para a moça friorenta! bj.
É como conhecer a intimidade e a cumplicidade do silêncio.
Muito belo.
J.G.
Caro amigo, acreditonaverdade da lenda de Babel! O silêncio é uma benção, ainda mais em um mundo tão barulhento!
Obrigada pela visita.um bj.
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