sábado, 22 de março de 2008

Apego

garras, imagem encontrada na net

Garras nos pés como as de um pássaro, prendia-se a terra e à vida. Quando seu dia chegou, agarrou-se ao chão de tal modo, que a alma largou o corpo qual saco vazio. A morte ocupou-o com o abutre.


escrito em 13-03-2008

9 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Pois é... por isso que devemos amara avida, mas não não se apegar muito a ela, há outros caminhos para conhecer.

Raskólhnikov disse...

forte e maravilhoso.
gostei muito do seu blog.
abraço,

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

Angela!.. que dizer?
que gostei, como sempre gosto!

Angela disse...

Dudv
Mesmo na vida, temos muitos caminhos... e às vezes ficamos alí, no mesmo lugar...

ricardo divino
Muito obrigada Ricardo. Volta sim?

Oi Julia!
Muito prazer ver estes olhinhos à espreita!
Fico contente que goste! Obrigada!

Unknown disse...

Ando a me sentir assim. Mas no sentido contrário, queria me desprender de mim...

Beijos Angela

Angela disse...

Sammia
Não sei se entendi bem mas há momentos em que o corpo atrapalha ou parece atrapalhar mas precisamos dele para expressar as grandezas da alma, não é assim?
um beijo.

Anônimo disse...

Que conto portentoso!!
O final é absolutamente esmagador!

Beijos, MA

PS - Adorei!

Angela disse...

MA
Querida peixinha, seus comentários levantam ego de defuntos!:D
Parece que as coisas tenebrosas te agradam, não é?
Obrigada sempre!

Anônimo disse...

Algumas coisas e assuntos tenebrosas sim. Desde que sejam deste género, sem magoar ninguém.

Beijos, MA