terça-feira, 20 de novembro de 2007

O cozinheiro

chef-hat-with-ladel - desconheço o autor



Tinha sensibilidade invulgar.
Pelo visor da cozinha, podia ver os clientes que chegavam ao restaurante. Tudo começou com aquela moça triste. Solitária, parecia que ia derramar-se dentro do prato. Preparou seu pedido de modo muito peculiar, pensando naquele rosto com nova expressão, sorridente e feliz. E assim foi.
Os clientes divulgaram a comida mágica daquela cozinha. Raivosos saíam gentis, agitados tornavam-se tranqüilos e, muitas discussões à mesa dispersavam-se.
O patrão, ganancioso, ameaçava dispensá-lo porque demorava muito com o preparo. Jamais conseguiu que o velho ranzinza provasse um de seus pratos especiais!



escrito em 17-11-2007

3 comentários:

Anônimo disse...

Belo conto. O cheve ranzinza deveria experimentar.
Gostei muito conto, me emocionei.

125_azul disse...

Era sopa, de certeza. Em mim, faz milagres, bem quentinha e perfumada, de Verão ou Inverno...
Beijinhos

Angela disse...

Eduardo!
Que bom ter te tocado! Talvez possamos fazer parecido com nosso textos não è?

125_azul
Sopa seria pra você, então! Eu também adoro sopas. Nos dias frios então, me sabe como o conhaque, aquece a alma! Talves pra outros, desanimados, fosse algo como vatapá com pimenta. Mas acho que o melhor era o "pensamento- desejo" do cozinheiro, como uma mágica centrada em cada pessoa!