sexta-feira, 29 de junho de 2012

Cais abandonado





Calculista, procurava o amante que havia deixado quando se sentia e inseguraSempre acolhida com doçura, mais do que pela vaidade, tinha certeza de que teria onde ancorar ao fim da vida. Jamais pensou na dor que causava. Um dia, nem sua voz foi reconhecida. Seu porto seguro havia sido ocupado por Alzheimer.

escrito em 24-06-2012

4 comentários:

Lu_MCordeiro disse...

Triste,mas possível nesses tempos de solidão e adoecimento.

Angela disse...

Oi Lu! obrigada pela visita.
Que bom ter aparecido. Saudades de suas histórias. Volta, sim?

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Achei um soco. Excelente narrativa.

Angela disse...

Obrigada Dudu.

Há quem mereça este troco da vida...