quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Leitura



Assim como já havia feito com a casa, desfazendo-se de tudo que não fosse absolutamente necessário, ela lia todo dia um pouco de sua história. Em seguida, arrancava as páginas que já não faziam mais sentido. Sabia que quando chegasse às últimas frases, bastaria fechar os olhos e dar adeus aos raios de sol que ainda nutriam seus dias.

escrito em 02-08-2011

2 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Curioso, às vezes me sinto uma narrativa em construção. Ao ler seu conto, me lembrei deste pensamento.

Angela disse...

Dudv,
todos somos narrativas, peças, produtos etc... em construção e desconstrução constante, assim é a natureza. Poucos, entretanto, se dão conta disto!
Consciência é um artigo de luxo!