sábado, 5 de março de 2011

singeleza


Saiu para o baile de saia lambida, colada ao corpo delicado. Como fosse carnaval, colocou no cabelo uma flor singela. O bumbo tocava ao longe. Requebrando tímida pelo bairro enfeitado, tentou parecer esperta ao olhar do rapaz que a convidou. Horas depois voltou só, fantasiada de humilhação. Violentada, saia rasgada, pernas sangrando, cabelo sem flor.

escrito em 05-03-2011

2 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Pobre moça, quantas passam por isso...

Angela disse...

é sim, Dudu, no mundo não há mais espaço para a ingenuidade.