interferência sobre imagem da web
A criança era muito clara e os fios de cabelo, quase brancos, escorriam pelos ombros. Nos olhos azulados, quase transparentes, um brilho faiscante. Adoeceu e não sabiam cuidá-la. Muito frágil, quando a febre aumentava o brilho do olhar desvendava as almas de quem focava. Percebeu o medo da mãe quando disse: - Preciso do escuro. Deixe-me só no quarto, quero apenas água. Semanas se passaram ao som de luta enquanto clarões rasgavam os vãos da porta e a casa trepidava. Um dia tudo cessou e a porta se abriu. No aposento vazio, o chão escrito: Venci. - eu vos deixo a paz.
escrito em 23-01-2011
6 comentários:
Gosto muito desta atmosfera que a Angela cria. O conjunto texto e imagem surte um efeito muito inspirador, talvez porque se influenciam mutuamente, deixando ao leitor muito espaço.
Um trabalho mesmo muito bom.
Obrigada José Moura Pereira,pela visita e pelas boas palavras. Gosto muito da escrita dos portugueses, em geral. Fui ver seu blog e fiquei presa, lendo tudo. Gostei muito. E as esculturas? são suas?
Olá.
As esculturas são minhas. Estou a tentar manter o blogue com produção original, mas com o frio que vai não tenho conseguido produzir porque tem de ser na garagem ou no exterior.
Obrigado.
Oi José,
o inverno reduz nossas atividades, tanto o externo como o da vida.
Espero que possa ter uma garagem aquecida e que o frio não dure tanto.
Escultura é minha arte preferida pois nasci com ela à volta. Meu pai foi o responsável pela cátedra da matéria na Universidade do Brasil.
Quem sabe vc mantém o blog inserindo obras de outros artistas apenas no inverno? Vale manter sua originalidade. Parabéns!
Gostei, angela. Imapactante, concordo do o José.
Obrigada Dudu.
Quando e se puder, dá uma espiada em Ideália.
um beijo.
Postar um comentário