segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

a caminho

sarolta-ban-surreal-24


Anda devagar, certo de que o caminho acaba adiante. Segue com receio das dores e dos percalços que ainda impedirão o encontro. Tem medo de descumprir o encargo, de chegar aos trancos se arrastando cego em plena luz do dia, confundindo a Lua com a mãe distante, receio de perder alguma parte do que amealhou na alma por confuso e fraco. Seu consolo é o descanso, esquecer todas as coisas, deixar pra sempre a atenção que oprime e impede o sono, entregar o fardo, enfim repousar na única benção que o livrará do tempo. Mente vazia, silêncio absoluto.


escrito em 28-12-2010
21h16' hv

2 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

às vezes me sinto assim.

Angela disse...

muitos de nós... talvez.
há 30 anos eu não levaria tão a sério...