imagem do filme Anticristo de Lars Von Trier
Ainda era criança quando a bruxa, enciumada, raptou-a em uma nuvem cheia de monstros e grilhões. Anos se passaram e ela, presa nos jardins do castelo, paralisada pelo medo, não conseguia se apossar de seu próprio amor. Uma noite, ouvindo a chuva cantar nos galhos das árvores, acompanhou seu pranto: - Deixa que eu chore, dizia, deixa que eu suspire pela liberdade. O longo lamento afrouxou a cadeia a que se deixou prender, liberando sua alma ressequida.
escrito em 14-06-2010
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4 comentários:
Que estranha sensação Angela ..... não sei se é do conto se da música .....mas sinto que é para mim.
Beijinhos
MA
Lindo!!
Querida MA,
creio que alguns sentimentos são comuns a muitos seres humanos.
Esta melodia, belíssima, é de uma ópera de Haëndel que tem analogias com a história que contei, e contei porque tem tudo a ver comigo e com meu momento. Talvez por termos afinidades, você se sentiu tocar por tudo isto. Obrigada querida, espero que nos deixemos suavizar pelo pranto.
Obrigada Dudu.
Um carinho para você.
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