sábado, 27 de fevereiro de 2010

cadê meu lugar?


Família grande, ela caçula. Queria atenção especial e não tinha. À cada irmã que casava ficava com mais espaço e mais só. Resolveu que nunca casaria. Passou a vida seduzindo casais. Tentava separá-los para ser a única para um deles, tanto fazia. A cada fracasso partia para nova conquista, sempre competindo, criando situações difíceis das quais saía sempre perdedora, e cada vez mais só. Como uma colcha de retalhos, funcionava como as emendas que, vazias, unem as partes sustentando o todo.

escrito em 13-02-2010

4 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Eu adorei este conto. Posso ser sincero, eu queria ter escrito este conto.

Angela disse...

que bom ter gostado, eu não apostava muito nele!

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Não desista dele, o conto é maravilhoso.

Angela disse...

Não Dudu, tanto não desisti que está aí, publicado. E teve musa inspiradora!
Tanta gente acaba,pretendendo o inverso, reforçando relacionamentos...