domingo, 8 de novembro de 2009

Psiquótica

Fillmorepeque


Fazia um tempo que seu drama pessoal andava sem diretor. O ego, insatisfeito e cansado, havia tirado férias e sua psique estava um caos. Personagens discutiam entre si e as falas desconexas atraíam uma platéia estranha que, vestida de branco, teimava em atirar-lhe comprimidos e seringas cheias. Sem dormir, tentava escapar das agressões e vigiava aquele que, em um canto escuro, tentava dominar a cena. Sinistro, trazia uma corda nas mãos e sob sua direção, certamente o espetáculo terminaria.

escrito em 08-11-2009

6 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Forte, gostei. Me identifiquei um pouco com o personagem, mas nunca cheguei ao extremo.

Angela disse...

dudv
Todos temos momentos de confusão psíquica. É tudo uma questão de grau.
O que será este extremo?

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

O extremo... talvez tirar a minha própria vida. Acho que não tenho coragem de fazer isto ou matar. Mas, o ser humano é tão complexo ou melhor dizendo, uma caixinha de surpresas.

Angela disse...

dudv
Sei que hoje o mundo está assim, mas eu te diria,numa boa: não se exponha! ft

* hemisfério norte disse...

mt bom
gostei
-
bj
a.

Angela disse...

* hemisfério norte
Obrigada, e você anda com a inspiração à toda força! parabéns!