sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O Essencial



Sua identidade era tão sutil que não conseguia defini-la. Oscilava entre amor e ódio, docilidade e rebeldia, homens e mulheres eram-lhe igualmente atrativos. Até seu nascimento: havia sido em lua cheia, nos opostos signos de Touro e Escorpião. Fosse o que fosse, símbolo de casa, mãe ou útero, estivesse de saia ou calça, só se sentia em segurança carregando uma bolsa junto ao corpo. E dentro dela levava apenas o essencial: batom e revólver.

Escrito em 14-10-2009

2 comentários:

Angela disse...

Obrigada Duduv
São tantos os símbolos que embutí neste conto que nem sei se será compreendido!

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Está perfeito. Confesso que morri de inveja. Eu queria ter escrito este conto.