Dalva havia sido acompanhante noturna de enfermos. O hábito de trocar o dia pela noite permaneceu mesmo após se aposentar e então conseguiu uma coruja como amiga e companhia. Mas havia uma vizinha que acordava ao raiar do sol e, com voz estridente, falava muito alto pelos corredores não permitindo que ela conciliasse o sono. Dalva, em vão, pediu silêncio , pois a mulher retrucava que hora de dormir era de noite. Uma tarde, ao cair do sol, quando a matraca ia se recolher, a coruja escapou. Voando sobre a tal, bicou-lhe os olhos até cegá-la.
escrito em 26-08-2009
10 comentários:
Sem palavras. Muito bom!!!
Angela,
Adorava ser sucinta e dizer tanto :)
Fascinas-me, a sério que sim!
E não vou falar mais...rsss
Beijo enorme
dudv
O animal em nós, pode resolver nossas raivas! grata, sempre.
Cris!
Adorava ser assim, bem humorada como tu!
beijo grato e carinhoso.
bem hitchcock rs
V_Leal
agradeço me lembrar d'Os pássaros'
e a visita também.
aí vc trocaria figurinha com o Jung rs
V_Leal
Com Jung costumo trocar sempre! Acordamos nossos pensamentos embora ele nem precise me ouvir, me advinha!
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