domingo, 27 de abril de 2008

Prisão

enterrada viva -foto da web


Prisioneira do terror que a possuiu desde o dia em que foi agredida, a menina só aceitava a companhia de seu ursinho ao qual se agarrava. Tensa e triste, mantinha a seu lado um facão para usar em sua defesa. Ainda não tinha consciência de estar liberta. Há dias, estava morta.

escrito em 27-04-2008

6 comentários:

Anônimo disse...

Excelente!

Um dos seus muitos e melhores contos.

Angela disse...

Obrigada Eduardo!

125_azul disse...

Como o elefante que vai pequenino para o circo e não consegue libertar-se da correntinha que o prende, ainda não tem força: depois, cresce e já nem tenta, inconsciente de que em África, seus primos derrubam árvores...
Ah, menina, larga o facão, puxa a patinha!
Beijinhos

Angela disse...

125_azul
Já não me lembrava desta boa história! E, mesmo quando noslembramos ainda não conseguimos força,não é?
Puxa a sua patinha e deixa as rateiras vazias!

Anônimo disse...

Fiquei impressionada com este conto tão tocante.

Ela libertou-se mesmo sem saber.

Que bom voltar a ler os seus contos, estava dificil entrar nos blogues que gosto devido ao trabalho, que se foi acumulando.

E tantos que a Angela publicou!

Beijos

Angela disse...

MA
bem que estava sentindo sua falta|!
Custamos a entender que, em alguns casos a morte, mesmo prematura, é uma libertação.
Que bom ter tido um tempinho, mesmo que curto! Obrigada.