
O enfado o rondava. Deteve-se a observar o homem que, ao telefone público contava, sorrindo, sobre o novo trabalho e as perspectivas felizes. Por instantes, fez-se ele. Pousou o olhar na moça que, no banco da praça esperava, apaixonada! Seu coração bateu na expectativa do encontro amoroso. A criança abraçava o cachorrinho com alegria. Sentiu-se cão e menino. O tédio? Deitou fora. Voltou pra casa com a esperança.
escrito em 12-10-2007
8 comentários:
já me senti assim, desejar sentir outras vidas e se esquecer do tédio da minha.
Gostei muito.
Você entende o personagem e passa a ver aquilo que esta descrito.
Muito bom.
Beijos
Ali em cima, comentei sem logar,
beijos
Olá Angela,
A mim me veio a impressão de narrador se misturar aos sentimentos dos personagens. Será que erro?
Beijos. Bom domingo
Gosto daqui e já não passava cá há muito... vou re-voltar!
beijos
Eduardo
Em resumo, penso que uma das boas coisas para se estar feliz é perceber a felicidade de outros. Podemos absorver o ambiente e desfocarmo-nos de nós mesmos.
Bruno em doses ou sem!
Capacidade sua para viver os personagens! Isto acontece aos bons atores!
Cara Sammia!
Foi o que eu pretendi passar mas, nos microcontos existe esta possibilidade de tantas interpretações quanto os leitores! Não há certo ou errado!
Obrigada Sofia!
Volte sim. Adorei seu filme/presente do Egas e Becas!
Eu também, às vezes, sou sempre outro. Entre as emoções, das ruins às melhores, geralmente fico com a segunda. E nessa de me aventurar a ser outro, descubro outros em mim ainda esquecidos. Seu conto em lembrou isso, não sei o por quê?
Bem, de qualquer maneira chega de devaneios,digo-lhe: Bom...muito bom
Obrigada André!
Acho que esta, a sua, é uma forma de viver mais e melhor. Viver várias vidas, perceber o mundo sob outras lentes,focos e ângulos! E acabar se percebendo múltiplo!
Siga clicando o melhor!
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