sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Útero opressor

Dreams - foto de Cr3aToR



A vida estava plena.Tinha amigos, um trabalho que gostava, uma casa alegre e um companheiro amoroso. Um dia, ele perdeu o emprego. Cuidaria dela e da casa enquanto enviava currículos. Protegendo-a, controlava seus passos pelo telefone, fazia tudo por ela, sufocava.
Uma noite sonhou-se dentro d’água, nadando para sair. Encontrou um ralo, renasceu!




escrito em 03-01-2008

12 comentários:

Unknown disse...

Uma escapatória para o sufoco muito boa. Quem dera que tudo o que nos sufoca fora dos sonhos nos desse um ralo para escoar, não é verdade?

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Conto bele e forte ao mesmo tempo. Amores obssessivos sempre são angustiantes.

Anônimo disse...

Este conto é extraordinário.
Amores obsessivos ( paixões assolapadas, como se diz por aqui )resultam sempre mal.
A cura para os problemas está dentro de nós, só temos que aprender a escutar.

Um beijo MA

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

esta aqui,vc pode cortar a parte do desemprego, acrescentar umas bizarrias, que assino por baixo, é a minha biografia.

Angela disse...

Sammia
Os ralos estão aí, há janelas e portas também, resta a nós identificá-las e "querer" sair do impasse!

Dudv
Amores obsessivos quase sempre são comportamentos de pessoas frágeis e
inseguras que "pensam" e parecem ter o controle do outro!

MA
Cocordo com você 100%. Só resta a nós descobrir porque entramos nestes esquemas!

Juliaml
Espero que sua biografia seja, em parte, esta. E que se já não encontrou seu "ralo", que seja logo!
Mudou a foto novamente! Era esta que eu conhecia. Olhar verde, enigmático, penetrante!

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

Angela,

Quando se tem personalidade, foge-se nem que seja pelo cano do esgoto.

obrigada pela sua simpatia

Angela disse...

Juliam
O que você chama de "personalidade" prefiro chamar de individualidade forte. Você "passa" isto.
E... os esgotos acabam no mar! que alívio, não? Parabéns pela força pois não é fácil!

Dona Betã disse...

Ao amor, a obsessão tira-lhe o brilho, tira-lhe as lembranças, sufoca-o.
Torna-se incessante o desejo de libertação.

Romã disse...

Faço minha, as palavras da Sammia.
Muito bom.
Beijo

André Rodrigues disse...

A concepção de plenitude realmente é diícil de ser compreendida por nós seres humanos. Um equilibrio é a melhor saída/ no entanto, um ralo, de vez em quando ajude. A gente, na verdade, vive buscando um todos os dias.
bom, critico e filosoficamente esclarecedor
Beijos

125_azul disse...

Há amores assim, só resultam quando escapamos deles!

Angela disse...

J.G.
Cocordo amigo!

Obrigada Bruno!

André Rodrigues
Acho que o filósofo é você, amigo!

125 Azul
Resultam em "fim", é isto?