
Desde que a descobriu entre as paginas de um livro, Dimitri não mais conseguiu se separar daquela foto. Chorava copiosamente diante do olhar da mulher, cuja única referencia era um nome rabiscado no verso.
Seu clínico desistiu de medicá-lo contra o que chamou de obsessão.
Sem comer e sem dormir, em poucos meses Dimitri faleceu. Havia em seu rosto, um sorriso feliz. A foto de Catarina nunca mais foi encontrada.
Seu clínico desistiu de medicá-lo contra o que chamou de obsessão.
Sem comer e sem dormir, em poucos meses Dimitri faleceu. Havia em seu rosto, um sorriso feliz. A foto de Catarina nunca mais foi encontrada.
escrito em 03-01-2007
6 comentários:
Ângela,
Existem muitos poetas como Dimitri.
E não devem ser considerados casos clínicos: são apenas loucos por amor!
Gostei dos tesu comentários no blog Mude, especialmente a sugestão de onde colocar o terceiro clitóris...
Abraços, flores, estrelas.
Este conto é um máximo. Adorei!!!
Edson
Pensei em algo mais atávico, nem que fosse por amor, por culpa... o que acontece é que as paixões se refletem no corpo...
E, já começou a treinar o especial andar?
Dudv
Eu também gostei e esta foto me impressionou quase como ao Dimitri.
Tinha que libertar-me dela.
Como nos libertamos do olhar de Catarina???
Este conto emocionou-me muito, Angela. Há nele qualquer coisa de familiar, como se já o tivesse vivido.
Estranho, não páro de o ler e reler, associando lembranças que só aparentemente estão mortas.
Beijo
querida amiga
tentei me libertar escrevendo mas seu olhar ainda me pede algo, me atrai doce e tristemente...
Te parece assim também?
J.G.
É estranha esta quimica, não é?
A foto me impressionou desta forma assim que a vi. Ela parece pedir algo... apoio? socorro? Justiça? amor? quer dizer algo? Não sei...
Ela foi uma vítima de Stálin, pareceu-me.
Um dia, como Dimitri, saberemos muito mais do que hoje imaginamos...
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