Magritte - Le Principe du Plaisir- 1937
Pela manhã um homem se olha ao espelho e ao chegar à mesa do café, em frente à sua mulher, torna-se outro. Ao sair de casa, solitário, por instantes volta a ser ele mesmo até que, ao encontrar o vizinho, torna-se outro mais. Chegando ao escritório, muda tantas vezes que precisa entrar no toalete para ver-se novamente e se recompor. Antes de voltar a casa, visita sua amante e então é todos em si mesmo e quase se perde entre os lençóis, pois para isto é que foi feito; para amar e ser amado.
escrito em 29-06-2011
5 comentários:
Vivemos num labirinto de espelhos. Lembrou-me Borges.
Obrigada Dudv.
Este foi inspirado em Cortázar, as mudanças de identidade que nos acontecem de acordo com o meio e os parceiros.
Boa perspectiva. A teoria do determinismo muiti-facetada. Gostei!
Obrigada Evilanne,
interessante ver como cada um enxerga algo diverso nos minicontos.
volte sempre que puder e quiser.
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