
Doente há tempos, a irmã piorava pelo abandono em que a deixavam. Criticava, cobrava e humilhava a pobre moça que só se desculpava. Naquela tarde falou-lhe com tal rispidez, cobrou e ameaçou tanto que o desespero levou a irmã a se atirar no espaço. Ano seguinte sentiu um empurrão contra a grade da varanda. Assustou-se mais ao ouvir gargalhadas e reprimendas ao seu comportamento. Realmente não estava sendo correta, mas quem saberia? Ao tapar os ouvidos uma rasteira a desequilibrou. Caiu no vazio ainda a tempo de perceber o reflexo de sua alma tão mesquinha.
escrito em 01-12-2009
2 comentários:
Fiquei com medo. Ótimo conto.
Dudv
Algumas pessoas dão medo, de fato!
E esta é real, pena que ainda não caiu de qualquer lugar e até em si mesma já valia!
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