sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Embaixadores

Gravura de Sami Mattar-O Vendedor de Máscaras



Temia tanto não ser aceito!
Criou um personagem perfeito para a entrevista de trabalho, criou outro bem adequado para representá-lo ante sua amada, mas esqueceu de decorar os roteiros e, quando se deu conta, havia se perdido de si mesmo.


Escrito em 08-09-07

6 comentários:

Dona Betã disse...

Sándor Márai, em "As Velas Ardem até ao Fim" escreveu : "O desejo de ser diferente do que se é é a maior tragédia com que o destino pode castigar uma pessoa"

O seu conto lembrou-me logo esse sentimento pungente.

Bom fim de semana.

Anônimo disse...

Sem palavras... adorei!!!

Angela disse...

jg!
Não sei se é a maior tragédia mas é a base de muitas!
Viver Personagens é tão terrível quanto não ter algum que nos valha, por vezes, socialmente.
Não conheço o livro, vou buscar. Obrigada.

Eduardo
um beijo!

125_azul disse...

Jung! fazemos assim, e tome máscaras... depois, sair delas? Tantos se perdem...

Angela disse...

Querida arara!
Acabo de me lembrar de um comercial de um remédio para dor de cabeça em que a atriz ensina uma "simpatia" que diz assim: "arara, ararinha, leva embora minha dor de cabecinha!"
Só pra dizer que, com esta bobagem,me lembro de você à toda hora,enquanto a Sonia ouve o seu programa na radio e estou na cozinha!
Bem, Jung também alertou, e eu concordo, para aqueles que não conseguem usar uma máscara social adequada! Assim como para o primeiro passo a se trabalhar em psicoterapia - o despir das máscaras!

Anônimo disse...

Nem sempre a máscara esconde.
A máscara pode preservar, sobretudo quando não estamos seguros dos outros.
Ma no fundo não deixa de ser uma máscara ( embora corresponda ás iniciais dos meus 1ºs nomes)
Fernando Pessoa nos Sonetos tem um poema lindíssimo sobre as máscaras.
Tal como o seu amigo adorei este conto.
Maria Adelina