segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Antonia

Antonia- Loretta Lux


Era assim, fiel a seu nome. Conforme diziam: a que não tem preço. Apesar das ameaças do irmão, dos beliscos e falsas denúncias, não cedia a seus rogos ou imposições. Embora as chantagens do pai com bonecas e doces, nunca ia a seu quarto quando a mãe não estava. Apenas o cãozinho, com suas instintivas lambidas, conseguia de graça todos os carinhos da menina.

escrito em 13-11-2010

5 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Forte e delicado, gostei.

Angela disse...

Você curte as histórias infantis!
obrigada, Dudv!

Maurício disse...

Dúbio, profundo, obscuro, irônico. Uma beleza de texto. Parabéns.

Abração, Maurício

Angela disse...

Oi Maurício!
Grata pela visita e pelo comentário, mas larga disso, escreve sem perder seu tempo; sua veia tenebrosa é magnífica, eu adoro!

Maurício disse...

De jeito nenhum, Angela. Tempo dedicado à boa leitura nunca é perdido.

Voltarei aqui sempre, abração.
Maurício