quarta-feira, 10 de junho de 2020

Uma percepção Macro da nossa existencia





Penso existir uma 'combinação previa' sobre os textos e papéis a serem desempenhados por alguns elementos da raça humana ao longo de sua história. Assim, como em um imenso teatro. A grande maioria seriam figurantes, o povo. E como em qualquer espetáculo, à apenas alguns caberiam os principais papéis.
 
Me detive, em primeiro lugar, nas funções de Pedro e de Judas, durante a história de Cristo.
Em minha imaginação, Pedro sabia e precisava assumir o papel do negador do Cristo, assim como Judas devia trai-lo para que se cumprisse a enredo necessário e Jesus concluísse o papel que lhe foi destinado na história.
 
Creio que tudo isto precisa fazer algum sentido e, na minha percepção, fantasiosa ou não, acredito no propósito do aprendizado pela vivencia pessoal. Como exemplo: aquele que comete um crime saberá o que sente e ficará mais consciente e livre para não julgar quem comete a mesma falta. Em linhas gerais, temos a chance de nos tornarmos mais humanos.
 
Se cada um de nós está nesta "escola" para se desenvolver e colaborar no aprendizado de seus "irmãos", quanto mais viver e aprender, mais poderá evoluir a si e ao grupo ao qual pertence. Assim, a evolução do povo e da história naquela época, precisava destes papeis e de seus atores para o desenvolvimento da humanidade.
Quem sabe sem estes parceiros, Cristo seria uma figura importante mas não tanto quanto se tornou até nossos dias e as lições de falhas e enganos de seus discípulos não fossem exemplos tão fortes e positivos, uma vez compreendidos.
 
Então, passemos rapidamente para nossos dias.

De alguma forma, em algum momento, um homem forte, simples e negro, nasceu e cresceu em um país de supremacia branca. Seu papel neste drama, em plena vigência de uma crise mundial, seria ser morto por um outro homem, policial, também forte, mas branco e hostil.
Ambos aceitaram viver estes papéis para conscientizar e mobilizar toda uma sociedade local, com reflexos pelo mundo e, quem sabe? colaborar para a mudança radical do destino e do governo de seu país e da sociedade que representam.
 
Quem viver, verá!
 
Rio de Janeiro, em 07-06-2020

Angela Schnoor