quarta-feira, 7 de abril de 2010

Choque


Branco e vermelho lhe causava pavor. Em sonhos, via um coelho sobre a neve sendo destroçado por uma raposa e acordava berrando, culpada. Após a puberdade, por medo, jamais usou branco. Em anos de análise chegou ao princípio: a mãe morrendo ao parir seu corpo ensanquentado.


escrito em 06-04-2010

4 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Profundo!

Angela disse...

Oi Dudv,
que bom que estás por aqui. grata.

Eliane F.C.Lima disse...

Oi, Ângela,
Muito bons seus pequenos contos. A dramaticidade forte, de tão densa, ferve e entorna deles.
Também tenho contos compactos em http://conto-gotas.blogspot.com.
Eliane F.C.Lima

Angela disse...

Obrigada Eliane!
Li alguns contos de sua autoria. Gostei muito do caminhante do saco verde, no aterro do flamengo.
Um abraço.