Ela havia crescido numa casa onde Tio Sam impregnava hábitos e idéias da família. Sua mãe, empregada doméstica, servia encantada à patroa que ia, ao menos duas vezes por ano, a Miami para comprar, comprar e comprar, roupas e badulaques.
Às custas de imenso sacrifício, idealizara o futuro da filha como cidadã americana e, desde o berço, a tinha formado para tal. Lembrava a toda hora, o dia em que escolheu seu nome: - “ Estava pegando as roupas da patroa para lavar quando o li na etiqueta de uma camiseta. Achei tão lindo..."
Maioridade completada, moça trabalhadeira e ambiciosa, já havia economizado o suficiente. Seria uma traição?
Não importava, faltava muito pouco para comandar seu destino.
Madeinusa ia fugir, estudar em Paris onde, após decisão judicial, poderia chamar-se... Française!
4 comentários:
Esse conto é uma realidade. Trabalho num cartório e vejo como as pessoas querem inventar nomes esdrúxulos nos filhos. Muitas vezes, é uma complicação para a vida inteira.
Isso mesmo! Eu me inspirei numa fato verídico! É cada um de matar!
Talvez caiba a quem trabalha nos cartórios, alertar aos pais que são ignorantes ou inconsequentes!
Neste caso, fiz uma brincadeira pois a moça acaba escolhendo um outro nome pela mesma razão!
A gente tenta, mas somos repreendidos pelo juiz, que considera que os pais tem o direito de colocar o nome que quiser. Só não pode palavrões e nomes que podem rimar com palavras de baixo calão.
Então seja sutil. Ele age assim pq os pais dele não o chamaram de algum destes nomes terríveis!
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