sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pela vida


Não suportava destruir qualquer coisa viva. Afastava insetos invasores e procurava devolvê-los ao seu habitat. Cada vez que alguém da casa, à sua revelia, usava venenos para matar algum invasor, o odor penetrava seu corpo intoxicando-a, causando alergias e muitos incômodos. Ao morrer, a quantidade de insetos que invadiu o velório, e alguns voavam à volta do caixão, assustaram amigos e familiares, mas ninguém ousou perturbá-los.


escrito em 01-02-2010

4 comentários:

Guidinha Pinto disse...

Olá Angela. Não espero descer à terra, nem que me levem. Penso que em pó ou cinza regressarei mais depressa ao meu elemento. Sou como a da sua estória. Não suporto a ideia de matar nem uma mosca. Por vias disso já parti alguns objectos :)
Para lhe desejar um bom fim de semana e dizer-lhe que sou fã do que escreve.
Fique bem.

Angela disse...

Grata Guidinha!
Também já tenho os papéis autorizando minha cremação! Já escolhi a árvore na qual vou passara viver ao nutrir com minhas cinzas.

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Achei lindo!!

Angela disse...

Obrigada Duduv!
um beijo.