Caminhava pelas areias colhendo conchas e pedaços de vida marinha. Em sua cabana enchia cestos e mais cestos com as quinquilharias cheirando a sal. Entre os lençóis colecionava dores e partidas, perdas e desencantos. Quando sentiu que chegava a seu porto final, espalhou tudo pelo chão, sacudiu os lençóis e chorou muito, chorou tudo e tanto que se fez oceano.
escrito em 10-12-2008
escrito em 10-12-2008
para meu pai que encontrou seu porto final fazem, hoje, vinte anos.
5 comentários:
Se colheu, encheu e coleccionou esse mar de coisas, sem dúvida que se fez oceano.
Belos textos e fotos.
Lindo!!!!
Obrigada @pessoa
dudv
Os portos e os mares , faróis e amarras de cais sempre foram atrativos pra mim, como musas. O mar me inspira.
Uma recordação lírica que deixa a alma vazia de tudo que não tem importância... e enche-a com as ondas.
Seu pai está sorrindo...
Caro Stefano
Você sempre tão sensível e gentil!
Um abraço forte.
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