Acabara de sair da loja e a entrega estava marcada.Excitado e cheio de planos, sentia, entretanto, uma vaga tristeza a toldar-lhe o júbilo. Lembrou-se dela. Servira-o durante tantos anos e agora ele ia deixá-la. Não mais a tocaria com seus dedos, imbuídos de tantos sentimentos.
Não, não cabia ser emocional agora. Sua antiga Remington seria trocada por um computador!
Não, não cabia ser emocional agora. Sua antiga Remington seria trocada por um computador!
escrito em 11-11-2007
publicado na revista Minguante numero 9, sob o tema desemprego.
6 comentários:
Os seus contos sobre o desemprego estão ótimos.
Parabéns!!!
Obrigada Eduardo, os seus tmabém são muito bons!
Máquina de escrever, telefone de baquelite, walkman... tantos objectos perdidos no tempo. Um abraço!
Este conto tornou-me nostálgica.
Lembrei-me dos meus tempos de faculdade, e da Olivetti portátil que tantas viagens fez entre Abrantes e Lisboa.
Está guardada no sótão , junto com os antigos ferros de engomar a carvão, os candeeiros a petróleo..... e outras "velharias" que vão ficando pelo caminho e, que eu não consigo deitar fora.
De alguma forma fazem parte de mim.
Esta estranha particularidade de surpreender sempre, a cada novo conto, tornam a sua escrita e os seus blogs locais obrigatórios.
Bem Haja, Angela
MA
Huckleberry Friend
É sim! que dó não acha? Nos serviram, eram bons, apenas existem outros...
MA
Você é tão querida que se torna indispensável!
Eu te entendo pois continuo a valorizar as coisas de outros tempos! Se não tão eficientes, talvez mais belas e mais romãnticas... Sabe o que eu gostaria? que todas estivessem num galpão prontas para uso em novelas e filmes de época! Mas, isto pode ser outro conto!
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