Temia tanto não ser aceito!
Criou um personagem perfeito para a entrevista de trabalho, criou outro bem adequado para representá-lo ante sua amada, mas esqueceu de decorar os roteiros e, quando se deu conta, havia se perdido de si mesmo.
Criou um personagem perfeito para a entrevista de trabalho, criou outro bem adequado para representá-lo ante sua amada, mas esqueceu de decorar os roteiros e, quando se deu conta, havia se perdido de si mesmo.
Escrito em 08-09-07
6 comentários:
Sándor Márai, em "As Velas Ardem até ao Fim" escreveu : "O desejo de ser diferente do que se é é a maior tragédia com que o destino pode castigar uma pessoa"
O seu conto lembrou-me logo esse sentimento pungente.
Bom fim de semana.
Sem palavras... adorei!!!
jg!
Não sei se é a maior tragédia mas é a base de muitas!
Viver Personagens é tão terrível quanto não ter algum que nos valha, por vezes, socialmente.
Não conheço o livro, vou buscar. Obrigada.
Eduardo
um beijo!
Jung! fazemos assim, e tome máscaras... depois, sair delas? Tantos se perdem...
Querida arara!
Acabo de me lembrar de um comercial de um remédio para dor de cabeça em que a atriz ensina uma "simpatia" que diz assim: "arara, ararinha, leva embora minha dor de cabecinha!"
Só pra dizer que, com esta bobagem,me lembro de você à toda hora,enquanto a Sonia ouve o seu programa na radio e estou na cozinha!
Bem, Jung também alertou, e eu concordo, para aqueles que não conseguem usar uma máscara social adequada! Assim como para o primeiro passo a se trabalhar em psicoterapia - o despir das máscaras!
Nem sempre a máscara esconde.
A máscara pode preservar, sobretudo quando não estamos seguros dos outros.
Ma no fundo não deixa de ser uma máscara ( embora corresponda ás iniciais dos meus 1ºs nomes)
Fernando Pessoa nos Sonetos tem um poema lindíssimo sobre as máscaras.
Tal como o seu amigo adorei este conto.
Maria Adelina
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