segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

bailarina



Subiu ao prédio mais alto para que a queda fosse mais longa e pudesse aproveitar mais o tempo. Enquanto caía a leveza permitia outros movimentos de pernas e braços, saltos impensados e impossíveis. Foi feliz até que o relógio tocou. Ao abrir os olhos, a cadeira de rodas em frente à cama foi como o baque surdo do corpo no asfalto. Na próxima noite usaria uma dose mais forte.

escrito em 19-01-2009

5 comentários:

EDUARDO OLIVEIRA FREIRE disse...

Todos temos o direito de fazer o que quiser, sem prejudicar os outros. O conto está terrivelmente belo. Gostei.

Retornou com tudo!!! Parabéns!!!

Angela disse...

Obrigada dudv
creio que ainda não retornei, própriamente. fico contente que tenha gostado. Te passo um e-mail.

douglas D. disse...

no próximo amanhecer,
o quê?

Priscylla de Cassia disse...

nos leva contigo em cada verso! ambígua reação; desespero que antecede bem breve de um alívio dominante... é um prazer te ler!

Angela disse...

caro douglas D.
Não sei, mas acho que só sendo paraplégico daria para avaliar se as possibilidades do sonho são mais importantes do que a dura e limitada realidade...

Obrigada, Quem?
acho que percebeu bem o sentimento do personagem.